sábado, 17 de abril de 2010

Se sabes

não perguntes. Não me digam para viver. Nem para esquecer o que vivi. Não me digam que tenho um olhar triste e um sorriso bonito. Não me digam que estou bem como estou. Nem para parar de falar no que me magoa. Não me digam para ser feliz. Isso só eu sei. Não me digam para disfarçar. Não me digam para arranjar um amante (a mais parva que ouvi, sem dúvida). Não me digam que estou diferente. Nem para melhor, nem para pior. Não me digam que isto me faz bem. Não me digam para chorar. Nem para sorrir. Não me digam as respostas que quero ouvir. Não me digam para sair. Nem para ficar em casa. Não me digam que sou melhor. Nem que sou pior.

Apenas quero aquela amiga que me dá a mão e chora comigo. Aquela a quem ligo a meio da noite e ela não diz nada, apenas me ouve chorar. Aquela que tem os pensamentos mais parvos e ao mesmo tempo tão verdadeiros. Aquela de quem eu estou tão afastada e ao mesmo tempo tão próxima. Quero-a.

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