quinta-feira, 22 de julho de 2010

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(...) vou subindo as escadas da cozinha, tentando a muito custo chegar ao meu quarto. Depois duma noite daquelas, penso numa forma de ter força para continuar a olhar para eles, para continuar a acreditar neles, para continuar aquela amizade tão confusa. Enquanto subo encostada ao corrimão, vou  pedindo autorização aos meus membros inferiores para se mexerem mais rapidamente. Chego finalmente ao quarto, as minhas mãos movem-se para tentarem trancar a porta do quarto, enquanto o faço, sinto o corpo estremecer, as pernas começam a ficar frágeis e a quererem desmoronar-se. Pensei ter tempo de chegar à cama e abafar o som, aquele som horrível que sai da minha boca sempre que choro, com a almofada. Pensei que conseguia chegar a tempo de a abraçar. Caí, escorreguei pela porta trancada. Abracei as pernas com os meus bracinhos, abafei o som dos meus soluços com as mãos tentando ao mesmo tempo parar as lágrimas que me corriam pela face. Senti as minhas bochechas ficarem vermelhas e os olhos inchados. Desisti de fazer parar. Acreditei que aquelas lágrimas e aqueles soluços me iriam limpar a alma. Acredito que me vão fazer esquecer os piores momentos. Vão fazer com que esqueça a minha maior desilusão e toda a minha emoção.

Obrigada a todos os que me apoiam.
Não fui eu que errei.
Não sou eu que tenho que voltar a 
esforçar-me por acreditar nesta amizade.

3 comentários:

  1. O mesmo te digo... Muita força miuda!
    As amizades verdadeiras perduram para sempre, s eles te fizeram isso é porque não o são...


    Beijo miuda :)

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  2. Acredito na tua força :)

    Sei que nunca farias isso, por isso te escolhi para minha amiga ... Dava a minha vida por ti Mel e sabes bem disso :)

    Bjinho coisa boa <3

    Andreia :)

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