Não estou triste.

Não fico triste quando me lembro de ti. Nem por saber que errei. Não fico triste falares mal de mim. Nem por saber que o fazes por vingança. Não estou mal por se termos deixado. Nem por já não te amar. Mas sim. Fico triste quando vejo a pessoa que és. Quando vejo o quanto mudas-te. Gastas o dinheiro que gastas em coisas tão fúteis. Coisas que te dão prazer, verdade. Mas um prazer que dura pouco mais que umas horas. Um prazer que sentes no momento, apenas. Fico triste quando me dizem que tu já eras assim. Quando me dizem que só eu não reparava. Não entendo quando e como foi que mudas-te assim tanto para mim. Brincas. Brincas agora. Não comigo. Mas com ela. E com todas as outras que poderão vir. Já pensas-te em ti? Já te viste bem ao espelho? Já foste o sonho de tantas raparigas (estúpidas que nem eu!). Agora és apenas o teu próprio sonho. Tens aqueles a quem chamas de amigos. Na realidade, aqueles que sempre tiveram contigo, são os teus únicos verdadeiros amigos.  Não são esses que apareceram agora, assim do nada. Viras-te as costas a quem te quis ajudar. Um dia todos saberão a verdade. A verdadeira pessoa que tu escondes por saber que ninguém gosta. Todos te conhecerão. E ai, não corras. Não vale a pena. Melhor tu não vales. Nunca vales-te uma única lágrima.


Não estou triste. Não vales essa tristeza.